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quarta-feira, 15 de junho de 2022
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
COISAS QUE ACONTECEM
– Tire as mãos de mim. Estou danada da vida com você!
– Ué, quê que eu fiz?
– Quê que você fez? Eu refresco sua memória: me deixou plantada lá na igreja esperando feito uma idiota. Foi isso que você fez!
– Mas eu expliquei, benzinho. O carro do papai...
– Uma hora, Eduardo. Sessenta minutos! Fiquei lá, esperando, e o pessoal olhando pra minha cara, e eu morrendo de vergonha... Onde já se viu nesse mundo a noiva ter que ficar esperando o noivo, Eduardo? Onde já se viu uma coisa dessas?
– Besteira. Eu te liguei explicando, não liguei? Era só ter falado para o pessoal. Você não falou?
– Claro que falei, né?
– Pois então? Não estou entendendo por que todo esse drama agora. Lá na festa você não falou nada. Estava toda sorridente. Na igreja também.
– E você queria o quê, Eduardo? Que eu fechasse a cara para os convidados e deixasse todo mundo perceber o quanto eu estava chateada? Era isso o que você queria? Era?
– Eu não queria nada, Amanda.Mas quero que você pare já com isso. Nem estou acreditando. Discutir na nossa noite de núpcias por uma bobagem, por uma bobagem!
– Bobagem para você, Eduardo... Nunca me senti tão mal nesses meus 26 anos! Só fico imaginando o que as minhas amigas devem estar falando agora. “E a Amanda, gente. Coitada! Ficou lá no altar plantada por uma hora, com a cara de vaca pálida.”
– Olhe aqui, Amanda, estou me lixando para o que suas amiguinhas pensem ou deixem de pensar, está ouvindo? E outra coisa: se vai ficar nesse lamento a noite toda, é melhor me falar logo, que vou dormir na casa do papai.
– Por mim, pode ir. Também vou dormir na casa da mamãe...
– A senhora vai dormir na casa da 'mamãe" coisa nenhuma, está ouvindo? Anda, vem cá, vem. Me dá logo um beijo, que eu estou louquinho por você...
– Ai, me larga, seu grosso. Me larga! Me lar... O que foi, Eduardo? Por que você parou?
– Ai, uma pontada aqui na barriga... Acho que a comida não me caiu bem.
– Com certeza não caiu mesmo... Que peido podre, Eduardo! Corre logo para o banheiro, senão vai sujar a cama toda. Corre, corre!
– Ué, quê que eu fiz?
– Quê que você fez? Eu refresco sua memória: me deixou plantada lá na igreja esperando feito uma idiota. Foi isso que você fez!
– Mas eu expliquei, benzinho. O carro do papai...
– Uma hora, Eduardo. Sessenta minutos! Fiquei lá, esperando, e o pessoal olhando pra minha cara, e eu morrendo de vergonha... Onde já se viu nesse mundo a noiva ter que ficar esperando o noivo, Eduardo? Onde já se viu uma coisa dessas?
– Besteira. Eu te liguei explicando, não liguei? Era só ter falado para o pessoal. Você não falou?
– Claro que falei, né?
– Pois então? Não estou entendendo por que todo esse drama agora. Lá na festa você não falou nada. Estava toda sorridente. Na igreja também.
– E você queria o quê, Eduardo? Que eu fechasse a cara para os convidados e deixasse todo mundo perceber o quanto eu estava chateada? Era isso o que você queria? Era?
– Eu não queria nada, Amanda.Mas quero que você pare já com isso. Nem estou acreditando. Discutir na nossa noite de núpcias por uma bobagem, por uma bobagem!
– Bobagem para você, Eduardo... Nunca me senti tão mal nesses meus 26 anos! Só fico imaginando o que as minhas amigas devem estar falando agora. “E a Amanda, gente. Coitada! Ficou lá no altar plantada por uma hora, com a cara de vaca pálida.”
– Olhe aqui, Amanda, estou me lixando para o que suas amiguinhas pensem ou deixem de pensar, está ouvindo? E outra coisa: se vai ficar nesse lamento a noite toda, é melhor me falar logo, que vou dormir na casa do papai.
– Por mim, pode ir. Também vou dormir na casa da mamãe...
– A senhora vai dormir na casa da 'mamãe" coisa nenhuma, está ouvindo? Anda, vem cá, vem. Me dá logo um beijo, que eu estou louquinho por você...
– Ai, me larga, seu grosso. Me larga! Me lar... O que foi, Eduardo? Por que você parou?
– Ai, uma pontada aqui na barriga... Acho que a comida não me caiu bem.
– Com certeza não caiu mesmo... Que peido podre, Eduardo! Corre logo para o banheiro, senão vai sujar a cama toda. Corre, corre!
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